Lá pelos idos de 1962 Gary Fischer começou a competir, aos 12 anos. Na adolescência – em 1968, época em que a contracultura e a ideologia hippie fervilhava, Gary foi suspenso das competições por causa de uma regra que, digamos assim, restringia o comprimento do cabelo dos atletas. Quatro anos depois a suspensão acabou – devido provavelmente ao absurdo da regra – e ele voltou a competir, ganhando a Transalp e o Master XC.
Esse episódio foi emblemático na carreira dele, pois demonstrou o inconformismo com o que era estabelecido. Esse inconformismo se traduziu em alterações e melhorias nas bikes que pedalava, então road bikes (no caso, uma Schwinn Excelsior de 1930), adicionando freios a tambor, pedivelas triplos e câmbios traseiros.
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Fischer descendo a ladeira. Detalhe: sem capacete, amortecedor, luvas... |
Em 1976, Charlie Kelly promoveu o que é considerado o primeiro evento de Mountain Biking da história, o Repack Downhill Race, e o recorde da descida foi para… Gary Fisher.
Aos 5'20" do vídeo tem um capote espetacular. Vale a pena assistir e ver como se subia a montanha, como era o "transporte" das bikes, etc.
Os primeiros quadros foram feitos baseados na geometria da Excelsior que se mostrou muito estável (e, ao contrário da maioria das MTBs de hoje, pouco ágil) na ocasião. E não há uma certa semelhança com o design atual de algumas bikes de tubos curvos e com a geometria sloping?
Não eram nada leves – entre 20 e 22 kg, com quadro de Cro-Mo, e eram originalmente 7 velocidades.
A Mountain Bike – que não conseguiu registrar o termo – foi dissolvida em 1983, quando Gary fundou a Gary Fisher que foi adquirida em 1994 pela Trek.
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Hoje, a lenda só capitalizando seu nome. |
A revista Smithsonian honrou-o em 1994 como o ”pai e criador das Mountain Bikes”.
Em 1998, Fisher foi reconhecido pela revista Popular Mechanics por suas inovações no esporte.
Em 2010 a Trek anunciou o fim da marca Gary Fisher, lançando então a Gary Fisher Colection, uma linha de bikes (Trek, claro) que carrega o nome do fundador do MTB.
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